quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Novidades

O desejado regresso está para breve, contudo com um novo formato visual, uma nova disposição e um novo alojamento, de forma a permitir um maior numero de dados disponiveis sobre cada monumento, para se tornar numa ferramenta util a todos aqueles que são amantes das descobertas do nosso país!
Um até já!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Pausa Invernal!

Devido a motivos profissionais e de acumulação de funções com a frequência de mestrado, será efectuado um ligeiro hiato na publicação de monumentos no Blog.
A todos as minhas desculpas, e um até "muito" breve!

Processo de voto!

Devido à grande disparidade do número de monumentos em determinadas freguesias relativamente a outras, e para tornar mais justo o processo de votação, decidi realizar apenas uma votação global no final do levantamento de todos os monumentos do concelho. Desta forma, e devido à localização de monumentos imponentes na mesma freguesia, para evitar a sua precoce elimanação, apenas no final se procederá à sua eliminação.
Sem mais, um grande abraço a todos!

domingo, 1 de novembro de 2009

Votação Terminada!

Bem, terminou mais uma votação, relativa desta vez à freguesia da Horta das Figueiras, e terminou com uma esmagadora vitória da Ermida de São Brás, que conseguiu de forma espectacular, reunir todos os votos que foram contabilizados. Desta forma, qualifica-se então para a finalissima do concelho de Évora.
Vencedor com 100% dos votos:
Ermida de São Brás
Iniciár-se-à já amanha o levantamento correspondente a outra freguesia, e ainda hoje começará a votação para os monumentos da freguesia da Senhora da Saúde.
Grande abraço a todos aqueles que visitam este blog!

sábado, 31 de outubro de 2009

Cruzeiro do Degebe


























Cruzeiro do Degebe
Distrito de Évora, Concelho de Évora, Junta de Freguesia da Senhora da Saude
Monumento sem Classificação


Ergue-se na margem direita do rio deste nome, em local onde se travou o mortífero combate de 5 de Junho de 1663 entre as forças de D. João de Áustria e D. Sancho Manuel, futuro conde de Vila Flor, quando aquele general pretendeu romper o cerco que as tropas portuguesas faziam à cidade, ocupada desde Maio pelos exércitos de Filipe IV. O cruzeiro-padrão comemora este evento e foi levantado pouco depois do acontecimento histórico: actualmente, embora do património estadual, encontra-se encravado na extrema da Herdade da Fonte Boa, da Casa Ervideira.
Assenta a cruz, que é de mármore regional, muito patinado pelo tempo, numa base de pedras graníticas, assimétricas e irregulares, reforçada por obra de alvenaria moderna, de planta rectangular, construída durante as celebrações centenárias da Fundação e Restauração de Portugal, em 5 de Junho de 1940, em cuja base se colocaram lápides de calcáreo branco rememorando o feito de armas.
O recinto está fechado desde esta última data por simples grade de ferro fundido rematado com pontas de lança, em ambiência de profunda rusticidade.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Votação a Terminar!

Bem, por motivos extra, não me foi possivel hoje fazer colocação de monumento, contudo aproveito para relembrar que falta 1 dia para se terminar mais uma votação, neste caso para a Freguesia da Horta das Figueiras. Amanhã terminará o levantamento da freguesia da Senhora da Saúde, e iniciar-se-à nova votação correspondente a essa mesma freguesia.
Um abraço a todos!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Cadeia Comarcã de Èvora - Estabelecimento Prisional Regional de Évora















Cadeia Comarcã de Évora - Estabelecimento Prisonal Regional
Distrito de Évora, Concelho de Évora, Junta de Freguesia da Senhora da Saúde
Monumento sem Classificação
Acesso
R. Horta da Capela, n.º 20
Utilização Inicial
Prisional: cadeia
Utilização Actual
Prisional: estabelecimento prisional
Propriedade
Pública: estatal
Arquitecto Construtor Autor
Arq. Luís Amoroso Valgode Lopes
Cronologia
1936, 28 Mai. - o decreto-lei n.º 26.643 (Organização Prisional) fixa, no interior do sistema prisional português, a definição de Cadeia Comarcã e as bases para a concepção do seu correspondente edificado. Destina-se ao cumprimento da pena de prisão até 3 meses - na qual se actua por intimidação, para prevenção geral e "satisfação do sentimento de justiça", com isolamento celular contínuo (salvo para os presos com boa conduta ao fim de 1 mês, aos quais é permitido o trabalho em comum) - e de prisão preventiva ou "detenção", à ordem da autoridade administrativa ou policial e aguardando julgamento, com isolamento contínuo nos primeiros 30 dias, e sempre com isolamento nocturno. A construção de edifícios próprios para as cadeias comarcãs - justificada por ser inútil e caro o transporte dos presos às cadeias centrais e injusto e inútil o afastamento dos detidos do local de residência e julgamento - deve prever 2 secções absolutamente distintas, para adultos de ambos os sexos, sem qualquer possibilidade de comunicação (mesmo visual). A sua capacidade não deve exceder a média dos presos preventivos e condenados até 3 meses dos 5 anos anteriores, acrescida de 1/3, e deve, "sobretudo nas terras de provável desenvolvimento", suportar ampliação futura. A localização ideal é junto ou no mesmo edifício do tribunal - por de tratar de cadeias preventivas - ou em lugar isolado, "devendo igualmente o exterior ser construído de maneira a não aparentar o aspecto de prisão". A aquisição de terrenos e a construção, reparação, conservação e instalação de cadeias comarcãs ficam a cargo dos respectivos municípios, podendo ser-lhes concedidos subsídios pelo Estado para tal fim, mas nada pode ser feito senão conforme o plano a estabelecer pela Comissão das Construções Prisionais, que funciona junto do MOP (decreto-lei n.º 26.643). Constituem uma cadeia comarcã, além das celas individuais e disciplinares, a secretaria, o parlatório e o gabinete de magistrados, a habitação do carcereiro e, em cada secção de homens e mulheres, as casas de trabalho - que podem ser recurso para alojamento de detidos ou de condenados, em caso de necessidade, ou utilizadas como capela -, as instalações sanitárias e os espaços para recreio e exercícios, cobertos e descobertos. A direcção é exercida pelo Magistrado do Ministério Público, sendo o serviço quotidiano assegurado pelo carcereiro. A alimentação é fornecida por entidades externas, privadas ou públicas, o serviço de saúde fica a cargo do médico municipal e o serviço de assistência é entregue ao pároco da freguesia e a grupos locais de visitadores; 1946, 21 Mar. - o decreto-lei n.º 35.539, que estabelece as atribuições da Comissão das Construções Prisionais e revê o plano de construções prisionais delineado em 1941, confere prioridade à construção ou conclusão dos grandes estabelecimentos prisionais e das cadeias comarcãs das capitais de distrito, sobre todas as restantes iniciativas; 1960, 4 Jan. - concurso para a empreitada de construção da cadeia comarcã de Évora (PT DGEMN.DSARH-004-0015/2); 1961 - início das obras de construção (relatório MOP 1961); 1963, 14 Ago. - auto de entrega do edifício da cadeia comarcã (DGEMN.DESA-0011/79); 1969, 4 Jun. - o decreto-lei n.º 49.040, considerando o elevado custo dos novos edifícios de cadeias comarcãs, o número de instalações ainda em falta para completar a rede nacional, a dificuldade da gestão partilhada entre Ministério da Justiça e câmaras municipais, a insuficiência de pessoal de vigilância, a deficiente economia do serviço e a redução na população prisional (com cadeias vazias), define os princípios orientadores da transformação gradual de alguns edifícios de cadeias comarcãs de construção recente em estabelecimentos prisionais regionais, englobando o serviço de várias comarcas e julgados municipais. Cada estabelecimento deste novo tipo é destinado ao cumprimento de prisão preventiva e/ou penas curtas (até 6 meses), por um mínimo de 25 reclusos, permitindo limitar a necessidade de novos edifícios e pessoal de vigilância e potenciando uma observação dos reclusos tendente à melhor individualização da reacção penal. Condenados e simples detidos são instalados em secções distintas, caso o estabelecimento sirva os 2 fins, e bem assim os menores de 21 anos. Nas comarcas desprovidas de estabelecimento prisional, prevê-se a criação ou adaptação de postos de detenção. Para estudar o agrupamento das comarcas e julgados municipais a servir por estabelecimentos prisionais regionais, é criada uma comissão, a nomear pelos ministros da Justiça e das Obras Públicas, aos quais cabe ainda a aprovação do plano de construções das cadeias regionais. A construção e a adaptação de novas cadeias comarcãs no continente (excepto as de Lisboa, Porto e Coimbra) são suspensas durante a elaboração do estudo, sendo a realização dos novos estabelecimentos prisionais regionais confiada à Comissão das Construções Prisionais; 1970, 26 Mai. - a Delegação nas Obras dos Edifícios das Cadeias, das Guardas Republicana e Fiscal e das Alfândegas da DGEMN apresenta ao respectivo director-geral o plano de distribuição dos estabelecimentos prisionais regionais, elaborado pela comissão encarregada do estudo do agrupamento das comarcas e julgados municipais do país, nomeada por despacho conjunto MOP-MJ, de 7 Nov. 1969. Este plano preconiza a criação do Estabelecimento Prisional Regional de Évora, parte do Distrito Judicial de Lisboa, para servir as comarcas de Évora, Reguengos de Monsaraz, Redondo, Vila Viçosa, Estremoz, Arraiolos e Montemor-o-Novo, com uma população prisional média, segundo os dados de 1969, de 7,63 preventivos e 8,82 condenados. O edifício existente, aberto em 1963, tem a lotação máxima de 40 homens e 8 mulheres, alojados em 40 celas (35 para homens e 5 para mulheres) e 2 salas (PT DGEMN.DSARH-004-0011/1/3); 1971 - o Decreto-Lei n.º 265/71, de 18 de Junho (MJ/MOP), estipula uma zona de protecção de 50m em redor do edifício; 1973 - a Portaria n.º 534/73, de 7 de Agosto (MJ), extingue a cadeia comarcã e cria o Estabelecimento Prisional Regional de Évora, a partir de 1 de Outubro. O estabelecimento passa a servir as comarcas de Arraiolos, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Redondo, Reguengos de Monsaraz e Vila Viçosa, cujas cadeias são extintas pelo mesmo diploma; 2000 - o estabelecimento funciona sob a alçada judicial do Tribunal de Execução de Penas de Évora.
Tipologia
Arquitectura civil prisional. Cadeia comarcã.
Fonte:
www.monumentos.pt
Por razões óbvias foi extremamente complicado fotografar o local, pelo que fica apenas a sua entrada para memória futura.





quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Ermida de Santa Bárbara do Degebe






















Ermida de Santa Bárbara do Degebe
Distrito de Évora, Concelho de Évora, Junta de Freguesia de Santa Bárbara do Degebe
Monumento sem Classificação
Fica este modesto templete a cerca de 4 Km da cidade, na berma da Estrada Nacional 254 e nas proximidades da margem direita do rio Degebe.
Apresenta características dos finais do séc. XVIII, dentro do espírito da arquitectura religiosa rústica regional. A ermida está voltada na linha da estrada pública, para ocidente, com discreta frontaria adornada por portado de granito emoldurado, de verga semicircular e frontão de enrolamento centrando óculo e painel da padroeira, ao presente rebocado.
Lateralmente e contrafortadas, ficam as pilastras escaioladas, de fachos estilizados nos acrotérios; o campanário, desadornado de sineta e decorado por romeiras de estuque, olha ao norte. A capela, onde se celebra, anualmente, a festividade num Domingo de Setembro, foi restaurada, senão concluída, no ano de 1821.
O seu interior, em planara rectangular, é de extrema pobreza ornamental. No tecto, de alvenaria caiada de branco, existe ingénuo quadro parietal com representação da simbólica torre da padroeira; o altar, aberto em nicho muito simples, no fundo da ousia, conserva a imagem de Santa Bárbara, de terra-cota policroma, no género semi-erudito, trajando ao gosto da época de D. João V.
A banqueta, incluindo um Crucifixo de arte popular, de madeira, não tem qualquer interesse artístico.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Hospital do Patrocínio






















Hospital do Patrocínio
Distrito de Évora, Concelho de Évora, Freguesia de Nossa Senhora da Saúde
Monumento sem Classificação

Acesso
Av. São João de Deus
Enquadramento
Urbano, extramuros
Utilização Inicial
Hospitalar: hospital
Utilização Actual
Hospitalar: hospital
Cronologia
1960, década de - início da construção; 1990, década de - fim das obras.
Tipologia
Arquitectura civil, hospitalar.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Chafariz d'el Rei






















Chafariz d'el Rei
Distrito de Évora, Concelho de Évora, Junta de Freguesia da Senhora da Saúde
Monumento em Vias de Classificação
Acesso
R. do Chafariz Del-Rei
Enquadramento
Urbano, no alinhamento da rua pública, adossado a edifício de 2 pisos, harmónico.
Descrição
Paredão rebocado e caiado, delimitado por cunhais a cor amarela, de granito, e rematado por ameias e merlões chanfrados rebocados e caiados; ao centro merlão mais elevado ostentando lápide de mármore branco, com a representação da cruz de Cristo e a seguinte legenda: MANUEL, REI DE PORTUGAL, DAQUEM E DALEM MAR EM AFRICA E SENHOR DA GUINÉ ANO 1497; sob ela as armas de Portugal inscritas em moldura de verga curva e pequena lápide com a inscrição CME. Tanque de planta rectangular, baixo, quase ao nível do passeio calcetado, delimitado por vários malhões de perfil curvo.
Utilização Inicial
Equipamento: chafariz
Utilização Actual
Equipamento: chafariz
Propriedade
Pública: municipal
Cronologia
1497 - construção por ordem do Rei Dom Manuel, segundo lápide no merlão central.
Tipologia
Arquitectura civil, gótica. Chafariz de espaldar e tanque baixo. Integra-se num conjunto de fontes e chafarizes, urbanos - Chafariz do Geraldo, Chafariz das Portas de Moura, Fonte do Largo de Aviz e Fonte Nova -, periurbanos - Chafariz do Rossio de São Braz e Chafariz das Bravas - e rurais - Chafariz da Quinta do Arcediago -, cujos mais antigos exemplares remontam ao séc. 15.
Características Particulares
O paredão encimado por friso de ameias, merlões chanfrados e lápide axial com a Cruz de Cristo e as armas de Portugal.
Dados Técnicos
Estrutura autoportante
Materiais
Alvenaria rebocada e caiada, mármore, granito
Construído no ano de 1497 a mando d'El Rei D. Manuel, conforme a legenda em latim inscrita em placa de mármore, este chafariz foi alvo de intervenções de restauro que lhe restituíram o aspecto original (ESPANCA, Túlio, 1966). De facto, em 1966 subsistiam apenas cinco das vinte e duas ameias que originalmente rematavam o muro de alvenaria, com cunhais em granito. A ameia central de grandes dimensões, exibe uma placa de mármore com a cruz da Ordem de Cristo e a inscrição referente às origens do Chafariz. Por baixo, as armas de Portugal, compostas por castelos, cinco quinas e coroas, que segundo Túlio Espanca resultam de uma interpretação arcaica das mesmas. Num registo ainda mais inferior, outra placa apresenta as iniciais CME. O tanque, em granito e de planta quadrangular, está protegido por pilaretes circulares, de feitura rústica, que a circundam, e serviam de apoio aos transeuntes ou de amarra para os animais. Ainda de acordo com Túlio Espanca, terão desaparecido em 1966 alguns destes malhões de pedra, por avançavam excessivamente para a Estrada Nacional.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Resultado da Votação (Freguesia da Malagueira)

Terminada que está a votação para eleger o monumento vencedor da freguesia da Malagueira, informo que os resultados foram os seguintes:
1º Convento de São Bento de Cástris - 88% dos votos totais
2º Fonte da Quinta do Arcediago - 12%
3º Chafariz das Bravas - 0%
4º Edificio do CCRA - 0%
Pelo que o apurado, e considerado pelos visitantes o mais belo monumento da freguesia da Malagueira de forma unanime foi:
Convento de São Bento de Castris
Aproveito para lançar já a segunda votação, terminado que está o levantamento dos monumentos correspondentes à Freguesia da Horta das Figueiras, apelando ao voto dos visitantes.
Domingo estaremos de volta com uma nova freguesia.
Até lá, um bom fim de semana para todos.

Igreja e Antigo Convento de Nossa Senhora dos Remédios














































Igreja e Antigo Convento dos Remédios
Distrito de Évora, Concelho de Évora, Freguesia da Horta das Figueiras
Monumento sem Classificação
Acesso
Av. de Lisboa
Enquadramento
Urbano, extramuros
Utilização Inicial
Religiosa: convento de carmelitas descalços
Utilização Actual
Cultural: departamento de arqueologia / Cultural: sede de grupo musical (igreja)
Propriedade
Pública: municipal
Arquitecto Construtor Autor
ARQUITECTO: Vítor Figueiredo (projecto de recuperação)
Cronologia
Séc. 16 - instalação dos carmelitas descalços em Évora frente àTorre de menagem mas fora da muralha fernandina, na sequência da remodelação da Ordem do Carmo; 1614 - sagração da igreja; 1663, Maio - durante a Guerra da Independência o convento tem papel de relevo nos assédios de Évora sendo palco de vários combates entre castelhanos e portugueses; 1820, Julho .durante a 1º invasão francesa (Loison), o Convento é ocupado e saqueado; 1826 - 1853 - durante o reinado de D. Maria II o convento e a cerca são entregues à autarquia, sendo então a cerca já utilizada como cemitério público; 1895 e 1991 - obras de recuperação a cargo da autarquia e instalação do Departamento de Arqueologia e do Grupo Eborae Musica na Igreja; 1988 - 2004 - projecto de recuperação da autoria do arq. Vítor Figueiredo.
Tipologia
Arquitectura religiosa, quinhentista.
O Convento de Nossa Senhora dos Remédios fica situado junto à Porta de Alconchel, freguesia de Horta das Figueiras, na cidade de Évora. Esta casa religiosa foi fundada no ano de 1606, pelo Arcebispo de Évora D.Teotónio de Bragança, para os frades da Ordem dos Carmelitas Descalços.
O convento, erguido extra-muros, caracteriza-se arquitectonicamente pelas linhas severas impostas pelo Concílio de Trento. Na fachada principal, ornada com o brasão eclesiástico do fundador, destaca-se a imagem de mármore de Nossa Senhora dos Remédios. O convento adoptou esta denominação porque os carmelitas descalços, ao chegarem a Évora (antes da edificação do convento) ocuparam a antiga ermida de Nossa Senhora dos Remédios (na Rua do Raimundo).
O interior da igreja apresenta um notável conjunto de talha dourada do estilo barroco-rococó, sendo uma das igrejas eborenses mais rica desta arte. Em 1792, deu-se neste convento o famoso caso da Beata de Évora.
Após 1834 (Extinção das Ordens Religiosas em Portugal), o edifício e cerca entraram em posse do estado, que em 30 de Maio de 1839 o cedeu à Câmara Municipal de Évora, para instalação do cemitério público. Para entrada do cemitério felizmente se aproveitou, do demolido Mosteiro de São Domingos, o grandioso portal de mármore (1537), atibuído ao escultor Nicolau de Chanterene. Presentemente encontram-se instalados no antigo Convento o Conservatório Regional Eborae Musica, além de um núcleo museológico municipal.
A Igreja e o Convento de Nossa Senhora dos Remédios foram construídos no primeiro quartel do século XVII, em substituição do anterior convento, existente na Rua do Raimundo, sob a protecção do arcebispo D. Alexandre de Bragança, sendo a planta da responsabilidade do arq. Francisco de Mora.A igreja, sagrada em 1614, é um admirável testemunho do primeiro barroco em Évora, tem nave de planta rectangular, com quatro tramos e a capela-mor está decorada com opulento altar de talha dourada dos artistas eborenses irmãos Abreu do Ó (século XVIII). A construção do edifício veio a reflectir a grande austeridade, produto do contexto temporal, e da severidade de costumes e conduta da ordem (“Carmelitas descalços”), dando origem a uma grande simplicidade de meios formais e materiais. Do antigo convento destaca-se a sacristia e o seu notável paramenteiro, os silhares de azulejo, o claustro e as celas dos monges. Desde 1840 a sua cerca é utilizada como Cemitério Público, e possui um portal renascentista oriundo da demolida Igreja de S. Domingos, atribuído a Nicolau Chanterene.A intervenção no Convento de Nossa Senhora dos Remédios (projecto de Vítor Figueiredo – Gabinete de Arquitectura, Lda) destina-se a albergar o Centro de Conservação e Restauro - Núcleo de Arqueologia da CME - e Instalações Polivalentes para actividades culturais. O projecto prevê que a cave seja ocupada pelo do Centro de Conservação e Restauro, reservando contudo, uma área encerrada para arrecadação de material de uso eventual do Espaço PolivalenteNo piso térreo, em relação ao Convento, o princípio que norteou a proposta foi o de criar no edifício um pólo de atracção para a cidade, dimensionado e vocacionado de forma a não ser um equipamento destinado apenas à Conservação e Divulgação do Património Arqueológico. Assim, salvaguardaram-se as instalações de Conservação e Restauro adequando-as às suas necessidades reais, oferecendo em contrapartida todo um espaço aberto ao público que possibilita a fruição do edifício, particularmente do claustro, e permite uma utilização de âmbito alargado.A intenção de conseguir que o local seja um lugar vivo de convívio, determinam a solução de uma Cafetaria que pode funcionar com total independência do resto do edifício e ainda, como valor apelativo, a criação da zona de "Cibercafé" no piso superior. As instalações do Centro de Conservação e Restauro são constituídas pelo compartimento da Recepção do Material Arqueológico, com acesso directo ao exterior e ligação à cave, pátio exterior e área correspondente do piso superior – Sala de Estudo e Investigação – comunicando ainda com o Espaço Polivalente e o Claustro de forma a garantir às restantes instalações o acesso vertical independente às instalações do piso superior.No piso 1 esta prevista o funcionamento de instalações de apoio a actividades culturais. Segue-se um espaço / galeria debruçado sobre o Claustro, destinado a estudo, convívio e actividades complementares. A zona do convento será ocupada com uma área pública polivalente, servida por escada e elevador e que se articula em envolvência ao Claustro.Actualmente, o piso térreo está ocupado pelo Núcleo Megalithica Ebora, um espaço expositivo permanente, dedicado à interpretação do território eborense durante os períodos megalítico e romano.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Votação a Terminar!

Bem, falta apenas um dia para terminar a votação relativa à "maravilha" vencedora da Freguesia da Malagueira, pelo que aproveitem para votar e ajudar o monumento que preferirem a vencer.
Relembro que terminada esta votação, o monumento vencedor será o apurado para a final do concelho, e que posteriormente o vencedor do concelho ficará apurado para a final de distrito!
Por isso, vamos a votar!

Ermida de São Brás






















Ermida de São Brás
Distrito de Évora, Concelho de Évora, Freguesia da Horta das Figueiras
Monumento Nacional
Acesso
Rossio da Corredoura, ou de São Brás, no topo S..
Enquadramento
Urbano, em cota estável da base SO. da colina de Évora, isolada num dos topos do antigo Rossio, pouco harmonizada com o ambiente envolvente, urbanização dos inícios do Séc. 20.
Descrição
Planta centralizada quadrangular, orientada, alongada no sentido E. - O., composta pela articulação horizontal de nártex, nave e ábside. Coberturas diferenciadas para cada um dos elementos e desniveladas, em terraço visitável coberto de telhas para os dois primeiros e em telhado cupular para a ábside. A fachada principal é definida pelo nártex, de abóbada ogival, rematado nos cunhais por dois graciosos torreões cilíndricos coroados de merlões e coruchéus cónicos rematados por ornamento pinacular; abre-se ao exterior através de três amplos vãos de arco quebrado descarregando em fortes pilares de três colunas cilíndricas, de alvenaria com capitéis graníticos de ornamentação vegetalista, uma carregando a crista da ogiva e as outras a queda arcatura; a frontaria é rasgada por estreito pórtico e por par de janelões. Fachadas laterais de seis panos definidos pelo ritmo dos contrafortes em forma de torres, similares aos do nartex; cimalhas coroadas de merlões. Na cabeceira um sólido corpo cúbico de paramentos cegos, contrafortado nos cunhais por dois outros torreões rematados por coruchéus; ressaltam nas ilhargas, a N. e a S., dois pequenos cubelos, mais baixos, a que correspondem as sacristias, de cunhais arredondados e coroados de merlões, com frestas de arco quebrado. Inúmeras gárgulas de figuração zoomórfica ligam-se a um complicado e eficaz sistema de condutas e caleiras. INTERIOR: nave com abóbada de canhão e volta perfeita; paredes revestidas de altos silhares de azulejos verdes e brancos, em axadrezado, de tonalidade irisada. A capela-mor, com cúpula esférica e iluminada por duas frestas laterais, é igualmente revestida, integralmente, por azulejos similares. As sacristias têm coberturas em ogiva nervurada, com fechos heráldicos.
Utilização Inicial
Cultual / hospitalar / assistencial
Utilização Actual
Cultual. Sede da paróquia
Propriedade
Pública: estatal
Cronologia
1480 - início da edificação no local onde existia pequena gafaria em madeira segundo a tradição; 1490 -já se encontra aberta ao culto; Séc. 18 - reforma da frontaria.
Tipologia
Arquitectura religiosa, gótica, manuelina, chã, mudéjar, joanina. O edifício tem réplicas em Santo André de Beja e São Sebastião de Alvito. Capitéis do nartex mudéjares; azulejos da nave e capela-mor de estilo sevilhano de finais de Quatrocentos; frontaria joanina.
Características Particulares
Edifício considerado como fundador do estilo manuelino mudéjar, chão, alentejano.
Dados Técnicos
Estrutura autónoma
Materiais
Alvenaria, cantaria de granito, mármore de Estremoz em elementos secundários, silhares de azulejaria a forrar os paramentos interiores e alguns elementos de cobertura.
Observações
Todo o edifício ficou alteado em relação à envolvência, em sólida plataforma com escadaria frontal e pequena escada lateral, da banda N., gradeado, em resultado de obras de integração realizadas já durante este século. Perdeu posteriormente a escadaria frontal. Muito provavelmente, a sacralização do lugar, que ainda no Séc. 15 devia ser um vasto terreiro ermo contíguo ao caminho que circundava a cidade pela banda S. (SAA, 1964), é muito remota e ao actual templo pode ter precedido singela ermida de que se perdeu a memória.
A Ermida de São Brás, situada extra-muros no Rossio de São Brás, foi mandada construir por D. João II, no local onde já existiria uma pequena gafaria provisória em madeira, erguida para tratar dos doentes afectados pela peste que assolou o país em 1479-80. O povo de Évora, o rei e o bispo executor da obra, D. Garcia de Meneses, mostravam assim a sua devoção por São Brás, a quem se rezava habitualmente aquando de uma epidemia. A obra, cuja licença eclesiástica data de 7 de Setembro de 1480, terá começado em 1482, e a ermida já estava aberta ao culto em 1490 (ESPANCA, Túlio, 1966). O monumento, projectado por mestre desconhecido, é particularmente inovador na utilização de um estilo manuelino-mudéjar tipicamente alentejano, com sucessão de volumes escalonados, robustos e coroados por merlões, e inaugura na cidade a utilização, depois largamente divulgada em monumentos de todo o Alentejo, de elementos arquitectónicos como os contrafortes cilíndricos com coruchéus cónicos (PEREZ EMBID, Florentino, 1955, p.134). Juntamente com as igrejas dos Lóios e S. Francisco, este templo marca a introdução do tardo-gótico em Évora. Erguida sobre uma plataforma destinada a vencer um desnível do terreno, a ermida tem fachada principal com nártex aberto em três grandes arcos ogivais apoiados em meias colunas de alvenaria com capitéis vegetalistas, enquadrados por poderosos torreões cilíndricos ameiados. Neste pórtico terá existido uma decoração mural com as armas e o pelicano de D. João II, possivelmente perdida nas obras suecssivas que o templo sofreu (ESPANCA, Túlio, 1966). O corpo da igreja, todo caiado, possui catorze contrafortes cilíndricos, com os torreões do pórtico, terminados num friso de merlões chanfrados, e todos coroados por coruchéus cónicos. A cabeceira é um corpo cúbico, alargado lateralmente pelos volumes mais baixos e muito estreitos das sacristias, também ameiadas, onde se rasgam frestas ogivais. Sobre a capela-mor ergue-se o lanternim hexagonal, e no topo norte, deitando para a sacristia, destaca-se o campanário. De salientar ainda a sucessão de interessantes gárgulas de granito, de temática zoomórfica, ao longo do edifício. No interior de nave única, coberta por abóbada de volta perfeita, existem vários painéis de azulejo de padrão geométrico, em verde e branco, ainda quinhentistas e de ressonâncias mudéjares; os altares de talha dourada setecentista, um de cada lado da nave, são dedicados a São Romão e a Nossa Senhora das Candeias. Na capela-mor, o retábulo também em talha dourada enquadra uma escultura de madeira do santo padroeiro do templo, em edícula central. As pinturas são no geral arcaizantes, de nítida influência flamenga e interesse apenas regional, datáveis da segunda metade de quinhentos, embora respeitem a duas empreitadas distintas Guarda-se no Museu Regional de Évora parte do importante recheio de ourivesaria sacra, de prata dourada, da extinta Confraria de São Brás. Existe ainda algum mobiliário setecentista nas dependências da igreja, bem como uma pia de água benta, renascentista, em mármore.O templo sofreu beneficiações em 1573, custeadas pelo Cardeal-Infante D. Henrique, e constando basicamente de decorações murais nas paredes e abóbadas da nave e execução do retábulo de talha, mas as pinturas (e vários altares) ficaram destruídos em 1663, por ocasião dos bombardeamentos da cidade pelas tropas castelhanas, particularmente desastroso por a ermida se encontrar na cintura defensiva do Rossio de São Brás. Embora os trabalhos de restauro tenham começado imediatamente, os últimos vestígios das pinturas murais desapareceram nas reformas camarárias de finais do século XIX e início do século XX. Ainda hoje são visíveis alguns vestígios de um friso de esgrafitos, incluíndo emblemas manuelinos e temas geométricos, ao longo do remate superior da fachada, agora restaurada e pintada de novo.
Fonte: www.ippar.pt

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Monumento aos Mortos da 1ªGrande Guerra Mundial





































Monumento aos Mortos da 1ªGrande Guerra Mundial
Distrito de Évora, Concelho de Évora, Freguesia da Horta das Figueiras
Sem Classificação
A ideia de dotar a cidade de tal monumento partiu de um grupo de militares e civis, entre os quais se contava o General Óscar Fragoso Carmona (na época Comandante da Região Militar de Évora e posteriormente Presidente da República) e o Governador Civil do Distrito, Jorge de Barros Capinha, tendo sido mais tarde formada uma Comissão Executiva para dar seguimento aos planos.
A Comissão Executiva era composta pelos majores Manuel da Silva Martins, Artur Augusto Correia Matias; capitães Luís de Camões, Caetano Manuel Cordeiro Rosado, António Monteiro, Emídio José Curjeira de Carvalho; e tenentes Raul Martinho, José António Pombinho Júnior, Luís Freire e José Fernandes.
Após alguns anos de recolha de fundos através de festas e outros eventos lúdicos, bem como de donativos o projecto e a maquete foram apresentados e debatidos na Câmara Municipal de Évora em 1928, tendo-se designado como local de implantação a Praça Joaquim António de Aguiar. Face à despesa avultada a efectuar na Praça escolhida e tendo em conta esta ter sido já alvo de avultado investimento, a Câmara Municipal decidiu que o monumento deveria ser colocado na Avenida Barahona.
Inaugurado com grande solenidade em 4 de Junho de 1933 pelo então Presidente da República, Óscar Fragoso Carmona, este monumento com a altura de onze metros, é encimado por uma figura alada em bronze simbolizando Vitória, sobrepujando um plinto de granito regional.
O brasão da cidade de Évora faz também parte do conjunto, abaixo do qual tem a seguinte inscrição em latim: “Feliis Pró Pátria Caesis Ebora”, que significa “Évora oferece aos filhos mortos pela pátria”, da autoria do Professor Domingos António Vaz Madeira.
Dos lados esquerdo e direito tem as legendas: “ França 1917-1918” e “África 1914-1918”, na parte de baixo uma placa de bronze com o escudo da Liga dos Combatentes da Grande Guerra e, a cada canto do monumento, um obus também em bronze.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Chafariz do Rossio de São Bráz





































Chafariz do Rossio de São Braz
Distrito de Évora, Concelho de Évora, Freguesia da Horta das Figueiras
Monumento em Vias de Classificação para Imóvel de Interesse Público

Acesso
A E. do Rossio de São Braz, a poucas dezenas de metros do Monumento aos Mortos da Grande Guerra.
Enquadramento
Periurbano, isolado, em pleno rossio, em amplo terreiro calcetado, em parte utilizado como estacionamento automóvel.
Descrição
Planta composta circular, articulada com 2 corpos transversais rectangulares. Soco de 5 degraus, onde assenta o tanque circular com malhões moldurados; do centro, parte taça em forma de flor estilizada, assente numa base em forma de esfera achatada; no meio da taça, pirâmide em agulha rematada por uma esfera, de onde rompem as primitivas gárgulas para jorramento de água, e assente em pódio moldurado. Dos lados, dois tanques, destinados a bebedouro de animais, com cunhais, base e capeamentos em granito, ligados transversalmente ao tanque circular por duas caleiras assentes em rampas embebidas no soco.
Utilização Inicial
Equipamento: chafariz
Utilização Actual
Equipamento: chafariz
Propriedade
Pública: municipal
Cronologia
Séc. 17, inícios - construção do chafariz; 1965 - obras de beneficiação feitas pela Câmara; 1995, 03 de Agosto - proposta de classificação pelo IPPAR, nº 26/MDB/95; 2007 - elaboração de Carta de Risco pela DGEMN.
Tipologia
Arquitectura civil de equipamento, maneirista. Chafariz com figurações maneiristas, patentes na estilização dos elementos arquitectónicos. Integra-se num conjunto de fontes e chafarizes, urbanos - Chafariz do Geraldo, Chafariz das Portas de Moura, Fonte Nova, Fonte do Largo de Aviz e Chafariz Del-Rei, periurbanos - Chafariz das Bravas e rurais - Chafariz da Quinta do Arcediago -, cujos mais antigos exemplares, Chafariz das Bravas e Chafariz Del-Rei remontam ao séc. 15.
Características Particulares
Notáveis características ornamentais, de que é exemplo a taça com original desenho em forma de flor estilizada.
Dados Técnicos
Estrutura autoportante
Materiais
Granito nos tanques e soco; mármore na composição central.
A origem do Chafariz do Rossio de São Brás está longe de ser consensual, e várias são as datas apontadas para a sua construção. "(...) As informações recolhidas apontam para o ano de 1592, a mando de D. Filipe II. Assim, Augusto B. Elerperck, atribuí a sua edificação ao monarca e à data mencionadas, enquanto André de Resende afirma que já existiria em 1573, indicando-a como parte integrante da rede distribuidora das águas de prata. Por outro lado, Túlio Espanca considera que teria sido construída pouco depois de 1604, pela Câmara Municipal da Cidade. Finalmente o Padre Frederico da Fonseca, refere a sua existência em 1728 (...)" (GUERREIRO, Madalena, 1999, p. 27). No entanto, há notícia da permissão concedida por D. Manuel a um munícipe para a construção de um poço no Rossio em 1497, mais tarde (c. 1501) transformado em chafariz público, facto que se pode relacionar com o Chafariz do Rossio de São Brás, mas apenas no plano das hipóteses (GUERREIRO, Madalena, 1999, p. 27). O Chafariz assenta numa escadaria circular constituída por cinco degraus de granito, interrompidos lateralmente por dois tanques rectangulares. A taça superior, originalmente lobulada, apresenta hoje a forma de um leque, com curvas e contracurvas em movimento ondulado. Ao centro do tanque, ergue-se uma agulha piramidal sustentando uma esfera, sob a qual irrompem as gárgulas primitivas. De facto, uma descrição de 1651 que figura no Tombo Municipal, refere que, nessa época, a água caia da esfera situada no remate da pirâmide central, pelo que era facilmente levada pelo vento. Consequentemente, foram abertos os quatro orifícios que se observam, mais abaixo, no pedestal da pirâmide, por forma a que a água corresse por aí.