quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Convento de São Bento de Cástris

















































Convento de São Bento de Cástris ou de Castris
Distrito de Évora, Concelho de Évora, Freguesia da Malagueira
MONUMENTO NACIONAL
Localização
Évora, Évora, Malagueira
Acesso
EN 114, Évora - Arraiolos, a 2 Km da sede de concelho, a c. de 500 m do lado esquerdo, a O..

Protecção

MN, Dec. nº 8 218 de 29 Julho 1922, ZEP, DG 210 de 06 Setembro 1962
Enquadramento
Peri-urbano, numa pequena elevação do terreno, isolado e em destaque, próximo da estrada para Arraiolos, perto do Convento da Cartuxa e do Aqueduto, em zona relativamente arborizada e visualmente desafogada.
Descrição
Planta composta, centralizada, constituída por vários edifícios que se interligam e se aglutinam em redor de um claustro central, formando uma massa articulada disposta horizontalmente e composta por diferentes volumes dados pelas diferentes altimetrias das dependências monásticas. Portão de acesso, em cantaria rusticada com frontão triangular rematado por pináculos e sustentado por cornija saliente apoiada em mísulas; ao centro as armas eclesiásticas de São Bernardo de Claraval, com a inscrição " FR.º 636 - ANOS", ladeadas por 2 nichos vazios; o portão comunica para um largo terreiro que permite a entrada para a fachada principal do convento, a S., para a portaria conventual e para o nártex da igreja; a N. ficam as dependências correspondentes às casas do intendente e do confessor. Fachada principal com acesso através de dois portais; à esquerda portal em arco abatido, apoiado por aduela, em cantaria rusticada; à direita portal em arco de volta perfeita de cantaria; entre estes dois acessos, escada de um vão e patamar, com 3 entradas; a fachada apresenta 2 registos e é rasgada por janelas rectangulares, com moldura recta em cantaria; à direita os corpos da Sacristia e Igreja são rasgados por janelas com moldura curva em cantaria saliente; duas sineiras, uma ao centro, de duplo olhal rematado por frontão curvo, a outra à direita, com 2 olhais sobrepostos, encimados por frontão triangular. Fachadas laterais sóbrias, ritmadas por janelas rectangulares gradeadas. Fachada N. semelhante à principal, ritmada por contrafortes que sobem até ao beirado. IGREJA: de planta longitudinal, com portal axial a E.; nave única de elevado pé direito com capelas laterais e coro baixo; cobertura em abóbadas artesoadas, de 4 tramos, com fechos dourados e lavrados com os emblemas de D. Manuel I, brasões dos Almeidas e motivos vegetalistas; apresenta pinturas murais representando serafins e estrelas; as paredes são revestidas de azulejos azuis e brancos, historiados, sobre a vida de São Bernardo, com cercadura polícroma. Capela-mor, sobreelevada em relação à nave, de dois tramos; cobertura em abóbada estucada com pinturas murais; retábulo-mor em talha dourada, com trono e baldaquino. O coro-baixo, com ligação através de um portal em ferro à capela-mor, é uma sala quadrangular, com tecto abatido de caixotões. CLAUSTRO: de planta trapezoidal, compõe-se de 2 pisos, o inferior de arcada em arcos de ferradura, o superior de arcadas abatidas; coberturas em abóbada artesoada; os alçados são ritmados por contrafortes definindo os vários panos, de duas arcadas cada; capitéis com motivos vegetalistas e figuras humanas; o canto S. apresenta três pisos, acusando as diferentes intervenções que sofreu; o lado O. não tem segundo piso, mas terraço; 2 fontes, uma na quadra de taça rectangular e obelisco lavrado, outra adossada à parede do ângulo S., em forma de concha com golfinho; contíguo ao refeitório, lavabo de volutas; o refeitório tem acesso por porta renascença com mainel central e capitéis coríntios. Sala do Capítulo de planta longitudinal, com cobertura em abóbada, com bocetes decorados por esferas armilares e brasões dos Almeidas; é suportada por uma fieira de colunas centrais, transformado posteriormente a acesso ao corpo E., mais tardio.
Utilização Inicial
Cultual e devocional: mosteiro feminino cisterciense
Utilização Actual
Devoluto / Admnistrativo: serviços vários da Segurança Social
Propriedade
Pública: estatal
Afectação
Secção Masculina da Casa Pia de Évora, tel. 266 32231
Época Construção
Séc. 12 / 13 / 16 / 19
Arquitecto Construtor Autor
Estevão Lourenço, mestre de pedraria (claustro), atr.; Diogo Contreiras, pintor *2
Cronologia
1169 - primeira referência à existência duma ermida neste local, dedicada a São Bento e erguida por D. Soeiro, 1º Bispo de Évora; séc.12, último quartel - Dona Urraca Ximenes manda erigir um cenóbio; 1274 - a superiora deste cenóbio, Domingas Soeira, obtém do papa Gregório X autorização para integrar o pequeno mosteiro na regra e Ordem de Cister; 1328 - é consagrada a primeira igreja conventual; 1384 - é abadessa do convento Dona Joana Peres Ferreirim; séc.15 - construção do claustro; séc.16, inícios - o edifício sofre importantes obras, de ampliação e modificação, sob protecção da casa dos Almeidas; 1520 - Alvará real de vedor das obras a Gonçalo Nunes; 1520, 9 Nov. - Despesa e recibos das importâncias despendidas com as obras, pagas a Estêvão Lourenço, mestre de pedraria; 1520, 4 Dez. - Confirmação do contrato feito com Estêvão Lourenço sobre a construção das duas quadras do claustro; séc. 16, meados - é criado um novo corpo paralelo ao corpo E., acessível por uma passagem parcialmente a céu aberto, que constituiria a antiga enfermaria; 1890, 18 de Abril - por morte da última freira, o convento é extinto e secularizado; 1940 - adaptação de algumas depêndencias conventuais a Asilo Agrícola Industrial; 1941, Fevereiro - ciclone arruina os telhados; 1957 / 1958 - conclusão das obras de aproveitamento imediato do convento, com vista à instalação da Casa Pia Masculina, pelos Serviços do Monumentos Nacionais; 1958, 16 Fevereiro - inauguração da capela do convento; 2004 - 2005 - deixa de funcionar como colégio e orfanato da secção masculina da Casa Pia; 2006 - com a saída da casa Pia projecta-se a reafectação do imóvel.
Tipologia
Arquitectura religiosa, conventual, românica, gótica, mudéjar, manuelina, barroca. Convento femenino de Cister, multiperiodal, que acusa estilisticamente as diferentes fases de intervenção. Igreja manuelina de influência mudéjar bem como o claustro; altar-mor rococó.
Características Particulares
As suas vastas proporções e a harmoniosa inserção na paisagem. O claustro apresenta semelhanças com o do Convento de São Bernardo em Portalegre, também cisterciense. É o convento de freiras com fundação mais antiga no sul do país.
Dados Técnicos
Estrutura mista
Materiais
Alvenaria mista rebocada e caiada, abóbadas em tijolo maciço rebocadas e caiadas, mármore em elementos secundários e decorativos, cunhais, contrafortes pilastras, colunas, pavimentos e alisares em granito; talha dourada, estuques, madeira, azulejos, pinturas murais.
Como se verifica, é já um edificio que atravessa um estado de degradação algo acentuado, e cuja condições de acesso estão muito dificeis, sendo inclusivamente impossivel sem autorização entrar no seu perimetro, pelo que as imagens tentam no seu máximo dar uma noção da nobreza que o caracteriza.

4 comentários:

  1. ninguem conhece essa casa melhor que eu vale apena visitar desde as grutas ate a igreija camaratas casa das tacas claustros limdo 13 anos para poder dizer votava la outros tantos...andre nogueira(galego)

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  2. eu conheço melhor q tu assinado botas lol

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  3. bem eu ainda conheço melhor do k vocês todos.....lol

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  4. Como podemos visitar o mosteiro? Há dias certos? alguem que mostra?

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